25 de jan. de 2010

1613


Este livro de Pedro Vasconcelos é o primeiro de uma trilogia ("1613,"1617" e "1621") que nos leva a viajar pela época das colónias portuguesas do Oceano Índico.
D.Manuel Álvares é o soldado encarregado da fortaleza de Solor e que tenta a todo custo evitar que esta seja tomada pelos holandeses. D.Manuel faz de tudo um pouco, entalado entre lutas bélicas e de feitiçaria, desde levar a cabo as diversas ideias que poderão substituir a falta de artilharia, coordenar tudo e ter oportunidade para levar avante o amor pela nativa Nenu.
Com a vitória dos holandeses, D.Manuel viaja até Goa para ser julgado por ter perdido a fortaleza (numa altura em que Portugal é regido pelos espanhóis) e aí tenta, mais uma vez, lutar pela sua "salvação", com a ajuda de frades franciscanos e dominicanos.
Gostei muito de ler este livro porque, além de me levar de volta a Goa, é sempre bom aprender alguns factos históricos lendo um romance.
Outra coisa que gostei (e quero acreditar que tenha sido mesmo assim!) foi aprender que os frades não tentavam só propagar a sua religião, mas também aprender sobre as crenças e costumes dos povos. Aqui vai uma parte que gostei particularmente:
"A Inquisição está cada vez mais assanhada (...). São tão poderosos e tão frágeis ao mesmo tempo... Incapazes de terem a nobreza de espírito para aceitarem a diferença, aceitarem que não existe uma só verdade, que há outras formas de Deus se manifestar."

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