26 de abr. de 2008

TRAFFIC

Traffic é a crua realidade exposta do mundo da droga que escapa a um olhar atento e é um assombro de filme - bem ao género de 'quase' dogma 95 num ano que foi bem produtivo para Steven Soderbergh - realizou também esse panfleto feminista Erin Brockovich. Levanta demasiadas questões antecipadamente sem resposta e é assustadora a forma como nos achamos conformados perante a poderosa máquina dos cartéis mexicanos/dealers americanos (acompanhamos o trajecto descendente da personagem de Michael Douglas e da sua filha).

Este dado por si é inquietante: os senhores da droga mexicanos sobre o qual recai o objecto abjecto deste filme têm um orçamento infinitamente superior ao da agência estatal de luta contra a droga americana, a DEA!

O grão do filme choca-nos pela sua crueza, mas é assim, com toda a sua fealdade, com toda a sua angústia, sujo e poeirento, que tudo isto deve ser apresentado. O filme é por demais conhecido, já todos o viram certamente, queria apenas partilhar o tê-lo [re]visto numa tarde entorpecida de copos e conversa prolongada nesse espaço que adoro do Crew Hassan, projectado sobre uma tela da sala de Djing. E quem não o viu ainda que veja rapidamente, pois é material de culto sobre tema de choque.

Visto no centro de artes Crew Hassan, às Portas de Santo Antão, LX

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