W. não diaboliza nem elogia o ainda e pelo segundo mandato presidente americano, George W. Bush (vi o filme uma semana antes do feliz acto eleitoral que se me afigura histórico para a história do mundo no contexto em que nos encontramos). Não o critica nem realça traços especiais, antes deixa que Bush se ricularize pelo que é ou pelo que não é ou ainda pelo que pretende ser, numa magnífica interpretação de clone de Josh Brolin (já o tinha demonstrado em Esta Terra Não é Para Velhos).
O último filme do realizador da trilogia do Vietname (Nascido a 24 de Julho, Platoon - Os Bravos do Pelotão e Quando o Céu e a Terra Mudaram de Lugar) e de outros biopics sobre Presidentes (JFK e Nixon, Comandante não o é) não é de todo elogioso perante Bush Filho mas não na medida em que se coloca como crítico - nada disso, longe disso - mas sim na perspectiva de que precisamente pelo realizador não tomar posição assumindo-se como documentarista num biopic por si construído sobre um presidente decadente e já cessante, marca este mesmo como o fantoche controlado por um gabinete ditatorial que vai controlando a seu gosto os destinos do mundo cuja potência sobre a qual reina foi construindo enquanto a esboroa.
Essa é a maior contradição americana - construir enquanto de destrói é a melhor maneira de simplificar o que tem sido a regência americana em assuntos externos que neste filme encontramos bem demonstrada. Há que ver o filme para compreender melhor este monstro simpático, este dub-ya; assume-se interessante para debatermos um pouco mais muitas das questões que nos afectam e também nos desperta para nunca cairmos dormentes perante ameaças extremistas e intolerantes sempre presentes (mesmo num mundo ainda considerado maniqueísta e considerando-o como tal - ameaças até do nosso lado da barricada).
O último filme do realizador da trilogia do Vietname (Nascido a 24 de Julho, Platoon - Os Bravos do Pelotão e Quando o Céu e a Terra Mudaram de Lugar) e de outros biopics sobre Presidentes (JFK e Nixon, Comandante não o é) não é de todo elogioso perante Bush Filho mas não na medida em que se coloca como crítico - nada disso, longe disso - mas sim na perspectiva de que precisamente pelo realizador não tomar posição assumindo-se como documentarista num biopic por si construído sobre um presidente decadente e já cessante, marca este mesmo como o fantoche controlado por um gabinete ditatorial que vai controlando a seu gosto os destinos do mundo cuja potência sobre a qual reina foi construindo enquanto a esboroa.
Essa é a maior contradição americana - construir enquanto de destrói é a melhor maneira de simplificar o que tem sido a regência americana em assuntos externos que neste filme encontramos bem demonstrada. Há que ver o filme para compreender melhor este monstro simpático, este dub-ya; assume-se interessante para debatermos um pouco mais muitas das questões que nos afectam e também nos desperta para nunca cairmos dormentes perante ameaças extremistas e intolerantes sempre presentes (mesmo num mundo ainda considerado maniqueísta e considerando-o como tal - ameaças até do nosso lado da barricada).
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