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Já o Javier Bardem é extraodinário na sua interpretação de Anton Chirguh (habitou-me a isso como Reinaldo Arenas no Before Night Falls do Julian Schnabel e como Ramón Sampedro em Mar Adentro de Amenábar).
A história é muito simples e demasiado sangrenta - calculo que quem se tenha impressionado com Sweeney Todd e tenha enfim tentado rir com essa ópera de lâminas, não resistirá de desviar o olhar das muitas cenas deste filme. É tudo demasiado intricado e muitas questões se me colocaram que me obrigam a voltar a vê-lo - e com todo o gosto será, certamente!
O espantoso silêncio do início recorda-me Sergio Leone e vejo ainda muitas referências a Fargo e também a Tarantino ao longo do filme e a BS indica-me um western, um western actual. E é mesmo isso, é isto, é uma história de bons, de bons que se tornam gradualmente maus e de tipos realmente muito maus gravitando em volta de um tesouro em notas roubadas de um negócio de droga que correu mal.
O fim explica, pela boca da personagem de Tommy Lee Jones, o porquê do título, pois todos os bons expiraram e O vilão conseguiu escapar, ainda que não incólume. Aconselho o filme a quem gosta dos Coen Brothers e quem aprecia um bom western, mesmo que transposto para a nossa (quase) época e deixo esta pergunta a que depois juntarei a minha própria interpretação : quem ficou com o dinheiro, Chirguh ou os mexicanos?
Já me sugeri a leitura do livro de onde foi extraído o filme : No Country For Old Men, Cormac McCarthy
Visionado no Cinema Londres, à Avenida de Roma, LX
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