20 de out. de 2009

Magnolia

Finalmente o vi. E devo dizer que fui uma resistente. A primeira vez que o comecei a ver... adormeci. Não tem nada a ver com a qualidade do filme. Quem me conhece sabe que me encosto assim que entra o genérico de um filme. Ontem à noite foi impossível adormecer.

Magnolia é uma rede de histórias que se cruzam, o que me fez lembrar o 21 gramas. Mas o argumento é muito mais intenso e os actores muitíssimo bons (principalmente o Tom Cruise!). Claudia é uma toxicodependente que foi molestada pelo pai, que é apresentador de um programa de TV tipo «Sabe mais do que um miúdo de 10 anos?», que é produzido pelo Earl, um velho moribundo que morre assim que vê o filho, que é representado pelo Tom Cruise, um guru sexual que ensina aos homens como enganar as mulheres. E isto só para simplificar.

O momento que marca a mudança da vida das personagens - Claudia conhece um polícia que se apaixona por ela, Frank Makey (Cruise) chora pela morte do pai, Donnie quer devolver o dinheiro que roubou - é quando cai uma chuvada de... SAPOS!! Num filme tão realista de onde é que vinha esta cena aparentemente surreal?? A verdade é que chuvas de animais acontecem! E há descrições religiosas (a Bíblia fala de uma chuva de sapos numa das 10 pragas do Egipto), descrições científicas (está provado que ventos fortes recolhem animais presentes numa área relativamente extensa, e deixam-nos cair, em massa e de maneira concentrada, sobre um único local) e descrições do além (é obra de extra-terrestres).

Este é daqueles filmes que não basta ver uma vez. E aposto que todas as vezes que o vir vou dar conta de simbolismos e ideias subliminares que escaparam à primeira.