18 de ago. de 2008

O amor nos tempos de cólera



"Florentino Ariza não deixara de pensar nela um único instante desde que Fermina Daza o rechaçou sem apelação depois de uns amores longos e contrariados, e haviam transcorrido a partir de então cinquenta e um anos, nove meses e quatro dias."
Este livro, inspirado na história real dos pais de Gabriel Garcia Márquez, conta-nos a história de Florentino Ariza e o seu amor por Fermina Daza - que surgiu na flor da idade e o acompanhou pela vida fora. E conta-nos todos os outros amores que foram ajudando Florentino Ariza a ultrapassar a dor de não ter Fermina Daza a seu lado.

Adorei ler este livro e estou super curiosa para ver o filme (que já anda por aí). Li a versão brasileira, o que me trouxe um desafio e faz-me pensar que não é um acordo ortográfico que nos vai fazer entender melhor...
Gostei de várias frases/excertos que partilho agora aqui:
- "(...) e Florentino Ariza compreendeu por fim que se pode ser amigo de uma mulher sem ir para a cama com ela."
- "Era a ele [Juvenal Urbino - o marido], e não às cunhadas imbecis e à sogra meio doida, que Fermina Daza atribuía a culpa pela armadilha de morte em que fora apanhada. Tarde demais desconfiava de que, por trás da sua autoridade profissional e seu fascínio mundano, o homem com quem se casara era um fraco sem redenção (...)"
- "(...) Fermina Daza os punha onde não se vissem. Pois não era tão ordenada quanto acreditava, mas tinha um método próprio e desesperado de parecer que era: escondia a desordem."
- "Solitário entre a multidão do cais, dissera a si mesmo com um toque de raiva: 'O coração tem mais quartos que uma pensão de putas'." [Concordo tanto com isto! O meu coração tem muitos cantinhos reservados às pessoas especiais da minha vida... :) ]

3 comentários:

disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
disse...

Foi o primeiro livro que li dele e que me fez apaixonar pela escrita meticulosamente jornalística e observadora.

Ana disse...

Sobre a última frase que escreveste, costumo dizer: "há sempre tempo para os amigos, e o resto ("Ah, e tal... café hoje?... Nao posso..."), sao tretas!".